sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A minha vida dava um... blog?



Uma palavrinha para as autoras de "blogs cor-de-rosa":

Uma vez que a Margarida Rebelo Pinto consegue ver os seus livros publicados, não me choca nada que estes blogs também o sejam... Ao fim e ao cabo, não são mais nem menos!
O que me choca, isso sim, é a revolta contra a invasão de privacidade da parte de pessoas que decidem tornar públicas as suas vidas.
Sempre que se trate de crime, que se faça queixa à polícia que é o que todas as "figuras públicas" fazem, quando se trata de mera "cusquice" e intromissão através de comentários (positivos ou negativos), por favor, chega do papel de coitadinhas rodeadas de frustrados que vivem a vida através delas... Não gostam? Cá vai uma sugestão barata e de fácil implementação: um diário! Também há a hipótese de escrever num documento (word, por exemplo) e limitar-se a guardá-lo no computador sem o publicar na internet...

Sinceramente, a mim não me afecta muito porque a minha breve passagem por este tipo de blogs foi rapidamente seguida por um enjoo que não vai permitir que me aproxime deles por um bom tempo, mas a auto-comiseração combinada com pedantismo tem a particularidade de me irritar como poucas coisas, por isso decidi deixar uma palavrinha...

Deixo-vos com um belo soneto... Muahahaha

Incultas produções da mocidade
Exponho a vossos olhos, ó leitores ;
Vede-as com mágoa, vede-as com piedade;
Que elas buscam piedade, e não louvores;

Ponderai da Fortuna a variedade
Nos meus suspiros, lágrimas e amores ;
Notai dos males seus a imensidade,
A curta duração dos seus favores ;

E se entre versos mil de sentimento
Encontrardes alguns, cuja aparência
Indique festival contentamento,

Crede, ó mortais, que foram com violência
Escritos pela mão do Fingimento,
Cantados pela voz da Dependência.

Bocage - Sonetos I

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dois em um...

Cá estou eu de novo, para deleite dos meus leitores imaginários!

E pronto, mais um que foi e pertence ao passado Assim Falava Zaratustra! Falava e falava muito bem mas, na minha humilde opinião, não dizia grande coisa! Esta afirmação pode parecer pedante da minha parte, mas a verdade é que não foi um livro de onde tenha tirado grande lição... Ou mesmo grande prazer...
Lê-se bem, ao contrário do que me tinha sido dito, não é particularmente complicado de entender nem de seguir...
Gostei do simbolismo, tanto das personagens como do discurso no geral, que fazia levantar algumas questões interessantes mas nada que me tivesse deixado a pensar muito tempo, pois há uma grande incidência em simples considerações morais que todos nós nos colocamos de vez em quando, mas escritas de uma forma mais "codificada"...
Não estou fascinada... Mas como também andava entusiasta demais com as últimas leituras, até foi bom que já parecia que qualquer coisa me deleitava!

Entretanto, e como seria de esperar considerando a duração da minha ausência, comecei e terminei também O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Foi uma leitura bastante interessante, contrariamente ao que eu esperaria à partida. Literariamente simples, quase como um manual, com referências históricas interessantes e uma exposição de ideias claras e bem fundamentadas. Não é o meu estilo de livro, mas foi uma incursão interessante num estilo diferente.



Comecei, entretanto, a ler o Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto, de Mário de Carvalho e estou a gostar imenso da escrita. É a primeira obra que leio deste autor, pelo que não me vou alongar muito mais mas tem, de facto, uma forma de escrever muito interessante!




Por último, não podendo deixar passar em branco a data de hoje, fica uma lembrança de uma grande senhora que nos deixou há precisamente 40 anos: Janis Joplin! Long live Janis!

Fica a letra e um vídeo de uma música que adoro: "Get it while you can"

Get it while you can

In this world, if you read the papers, Lord,
You know everybody’s fighting on with each other.
You got no one you can count on, baby,
Not even your own brother.
So if someone comes along,
He’s gonna give you some love and affection
I’d say get it while you can, yeah!
Honey, get it while you can,
Hey, hey, get it while you can,
Don’t you turn your back on love, no, no!

Don’t you know when you’re loving anybody, baby,
You’re taking a gamble on a little sorrow,
But then who cares, baby,
‘Cause we may not be here tomorrow, no.
And if anybody should come along,
He gonna give you any love and affection,
I’d say get it while you can, yeah!
Hey, hey, get it while you can,
Hey, hey, get it while you can.
Don’t you turn your back on love,
No no no, no no no no no.

Oh, get it while you can,
Honey get it when you’re gonna wanna need it dear, yeah yeah,
Hey hey, get it while you can,
Don’t you turn your back on love,
No no no, no no no no, get it while you can,
I said hold on to somebody when you get a little lonely, dear,
Hey hey, hold on to that man’s heart,
Yeah, get it, want it, hold it, need it,
Get it, want it, need it, hold it,
Get it while you can, yeah,
Honey get it while you can, baby, yeah,
Hey hey, get it while you can!

 

Boa noite e boas leituras!