Depois de Taxi Driver e a conselho de um amigo, veio uma maratona que deixa qualquer um satisfeito!
Estes seis filmes, devorados no espaço de dois dias, foram cerca de dez horas de entertenimento de grande qualidade...
Comecei com o The Departed, que para mim tem dois grandes defeitos: um dá pelo nome de Matt Damon e outro de Leonardo Di Caprio (não, não gosto, não acho que seja brilhante e muito menos o melhor actor da geração dele!), no entanto gostei bastante da história, da acção e, sobretudo, do final.
Seguiu-se o The Last Temptation of Christ, do qual também gostei bastante: uma versão alternativa de uma história contada há dois mil anos por muitos mas nunca, pelo menos oficialmente, por quem a terá vivido na primeira pessoa (assumindo que existiu). Nunca li o romance no qual o filme é baseado, no entanto fiquei bastante curiosa depois de ver a adaptação cinematográfica.
Para não perder o ritmo, seguiu-se o Raging Bull, que tem logo à partida, um trunfo na manga: a dupla De Niro / Pesci. Partindo logo com as expectativas elevadas, o filme não desilude minimamente. Excelentes interpretações, muito emotivas, de personagens cujo principal traço de personalidade é precisamente a dificuldade e lidar correctamente com as emoções ou mesmo compreendê-las. Retrata a ascenção e posterior decadência de um boxeur que encaixa totalmente no estereótipo que tantas vezes temos assistido em casos reais: personalidade violenta, mesmo fora dos ringues, controladora e descontrolada. Muito bom mesmo!
Atingido o meio da maratona, chegou Casino... E a este não resisto! Mais uma vez a dupla referida em Raging Bull e interpretando papéis que lhes assentam como uma luva! Pesci na pele do mafioso de baixo calibre com temperamento instável e De Niro tentando gerir um negócio de aparência polida mas com um pano de fundo corrupto. Sharon Stone também muito bem no papel de "trophy wife" inteligente e sofisticada mas que não consegue fugir a um passado de baixo nível, perdendo-se eventualmente no alcoolismo e abuso de drogas. A-D-O-R-E-I!
Chegando á recta final foi a vez de Gangs of New York, que apesar de ter também o "problema" Di Caprio, está muito bom... Não estando muito habituada a ouvir falar em história dos EUA, achei extremamente interessante a abordagem da época retratada (que, segundo investiguei, tem algumas bases de verdade).
Por fim foi a vez de Mean Streets. Mais uma interpretação fabulosa de De Niro, numa personagem quase "non-sense" que ao longo do filme todo, nunca consegui perceber se simpatizava, tinha pena, odiava ou temia... É criado um ambiente de grande stress, agravado pela descontracção ou abstracção intermitente de quem gera o problema, pelo grau de responsabilidade de quem tenta ajudar (fracassando) e de impaciência de quem pressiona. Gostei também MUITO!
E por hoje terá de ser tudo! Ficam prometidos ainda os posts sobre Vincent and Theo, Nil By Mouth, A Clockwork Orange e a Maratona Gary Oldman!
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