E agora.... as autárquicas... Que parecendo que não, talvez influenciem mais o nosso dia a dia que as legislativas... É como se as legislativas fossem a guitarra rítmica e as autárquicas a guitarra solo, estamos constantemente sob o efeito do ritmo de fundo mas reparamos muito mais se o solo é bom ou se houve "calinadas"....
Enfim, hoje está-me a dar para as metáforas... Ou comparações... Já dava uma revisão nas figuras de estilo... Não sei porquê, mas sempre que tenho uma dúvida de português, primeiro sinto-me estúpida, pois parece que com o passar dos anos perdi qualidades, segundo sinto-me culpada e parece que vejo a pairar sobre mim o fantasma da expressão do meu professor de português do ensino secundário, ostentando a expressão frequentemente por ele utilizada com as sobrancelhas franzidas e um ar que era um misto de incredulidade e ofensa!
De qualquer maneira só tenho a agradecer por este sentimento de culpa, de outra forma é provavel que estivesse ainda mais burra, pois assim sempre vou tentando esclarecer as minhas dúvidas de forma a expulsar o fantasma o mais depressa possível! (Vejam o blog dele, é o "o rapaz raro" na minha lista...)
Voltando ao assunto do bimestre, lá terei eu de novo de ir tentar ler programas... Uma pessoa a ouvi-los falar (principalmente se for em separado) fica ainda mais confusa do que se não ouvisse nada... Como espectadora assídua do GF, tive oportunidade de ouvir os dois principais candidatos à CML (para a qual eu voto) nos últimos dois dias e, de facto, estou ainda menos convencida de que deva votar num deles do que estava antes de os ouvir... Conseguiram parecer duas velhas com assuntos por resolver desde a adolescência, a falar mal uma da outra sempre tentando convencer o público de que não o estavam a fazer... Enfim... A ver vamos...
Para terminar, deixo-vos com uma grande senhora da qual a minha mãe é fã incondicional (daí o título)! Espero que gostem!
Exaltação Viver!... Beber o vento e o sol!... Erguer Ao Céu os corações a palpitar! Deus fez os nossos braços pra prender, E a boca fez-se sangue pra beijar! A chama, sempre rubra, ao alto, a arder!... Asas sempre perdidas a pairar, Mais alto para as estrelas desprender!... A glória!... A fama!... O orgulho de criar!... Da vida tenho o mel e tenho os travos No lago dos meus olhos de violetas, Nos meus beijos extáticos, pagãos!... Trago na boca o coração dos cravos! Boémios, vagabundos, e poetas:
Como eu sou vossa Irmã, ó meus Irmãos!... Florbela Espanca