Coberta de remendos, picaresca;
A vida é chula farsa assobiada,
Ou selvagem tragédia romanesca.
Eu sei um bom rapaz, - hoje uma ossada -,
Que amava certa dama pedantesca,
Perversíssima, esquálida e chagada,
Mas cheia de jactância, quixotesca.
Aos domingos a déia, já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,
Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!
Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde
Como é que eu alguma vez pude não gostar de Cesário Verde? Não consigo perceber.
Já agora, se sois daquelas pessoas que planeia as coisas com antecedência, fica o plano para o próximo Dia dos Namorados:
Yippee-ki-yay motherf****!
Romântico mais romântico, não há!
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