quinta-feira, 31 de maio de 2012

Corduroy

É a minha música preferida de Pearl Jam, desde que saiu o Vitalogy... Mais tarde (sim porque "no meu tempo" não era só fazer uma pesquisa no youtube para ficar a conhecer as músicas não editadas, está bem???) o State of Love and Trust assumiu a co-liderança do meu top...
Tanto que a adolescente que eu era se identificava profundamente com estas letras (tiradas de ouvido... que os Pearl Jam eram uns "cortes" para pôr as letras nos CDs)... Ouvindo hoje, penso que era impossível sentir isto tudo na altura mas a verdade é que na adolescência é quando a maioria de nós tem o primeiro contacto com a vida real, quando já não nos protegem de tudo e todos a tempo inteiro e se por um lado, os problemas são muito menores do que quando somos adultos, por outro, atingem uma dimensão completamente diferente por serem desconhecidos...
São os primeiros amores e desamores, são as primeiras injustiças, são os primeiros desencantos... É o primeiro vislumbre da realidade.
À medida que os anos vão avançando e os problemas se vão tornando mais sérios, também nós nos vamos habituando ao facto de nunca não termos qualquer problema, pelo que os introduzimos na nossa vida, com mais ou menos facilidade, e a menos que tenha consequências gravíssimas e irreversíveis, deixamo-los lá no seu canto e quase nos esquecemos deles até implorarem pela nossa atenção...
Hoje continuo a ter ambas as músicas no meu top. Hoje continuo a, de vez em quando, senti-las como "as minhas músicas". Enjoy :)

Corduroy

The waiting drove me mad...
You're finally here and I'm a mess.
I take your entrance back -
Can't let you roam inside my head.

I don't want to take what you can give
I would rather starve than eat your bread.
I would rather run but I can't walk
Guess I'll lie alone just like before.

I'll take the varmint's path
Oh and I must refuse your test
A-push me and I will resist
This behavior's not unique.

I don't want to hear from those who know
They can buy, but can't put on my clothes.
I don't want to limp for them to walk
Never would have known of me before.
I don't want to be held in your debt.
I'll pay it off in blood, let I be wed
I'm already cut up and half dead
I'll end up alone like I began.

Everything has chains, absolutely nothing's changed.
Take my hand, not my picture, spilled my tincture.

I don't want to take what you can give
I would rather starve than eat your breast
All the things that others want for me
Can't buy what I want because it's free
Can't buy what I want because it's free
Can't be what you want because I'm...

I ain't s'posed to be just fun
Oh, to live and die, let it be done.
I figure I'll be damned - all alone like I began...
It's your move now...
I thought you were a friend, but I guess I, I guess I hate you...

State of Love and Trust

State of love and trust as I busted down the pretext
Sin still plays and preaches, but to have an empty court, uh huh
And the signs are passin', grip the wheel, can't read it
Sacrifice receiving the smell that's on my hands, hands, yeah

And I listen for the voice inside my head
Nothin', I'll do this one myself

Lay her down as priest does, should the Lord be accountin'
Will be in my honor, make it pain, painfully quick, uh huh
Promises are whispered in the age of darkness
Want to be enlightened like I want to be told the end, end, yeah

And the barrel shakes aimed a directly at my head
Oh, help me, help me from myself
And I listen for the voice inside my head
Nothin', I'll do this one myself
Myself, myself

Hey, na na na na, hey that's something
Hey, na na na na, hey that's something
Hey, na na na na, hey that's something
Wanna back, back it away, yeah

And I listen, yeah, for the voice inside my head
Nothin', I'll do this one myself
Oh, ah, and the barrel waits, trigger shakes
Aimed right at my head, won't you help me
Help me from myself

State of love and trust, and a
State of love and trust, and a
State of love and trust, and a
State of love and yeah yeah





(Adorei esta versão, está com muito power!!!)





(Adoro todos os vídeos deste concerto... É tudo tão... puro...)



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Féxon (III) - Edição especial

Especial porquê? Porque é inteiramente dedicada a uma bela peça que, não sendo aquela que "salta à vista" quando se olha para a montra, é definitivamente uma que depois de se perceber o charme, nunca mais fica no armário... E cá anda há quarenta e oito anos contados hoje! :)





Nada a acrescentar... Awesome Tom Morello is awesome!!! Parabéns!!!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Dias de hoje

Escorre-me o espírito como grãos de areia numa ampulheta.
Lentos, compassados,
Até deixar uma campânula vazia e ressonante
Onde monossílabos se repetem e reflectem
Até ao infinito,
Como ultrassons num aquário
Em cujas águas estagnadas já não nadam peixes.

A obsessão assume o controlo
Enquanto as pancadas de Molière ecoam e a cortina sobe,
Mostrando sempre a mesma peça,
Os mesmos actores,
As mesmas falas.
E ecoa, ecoa...
Mil versões da obra são postas em cena,
Uma após outra,
Sem que a cortina alguma vez desça sobre os olhares cansados dos actores,
Sem deixar que as pálpebras quentes aconcheguem as pupilas
Dilatadas da demência.
Quando os holofotes, finalmente, morrem
Não restam forças para imaginar nada de novo...
Não resta sanidade nem presença de espírito.
Apenas vazio e ecos...
Apenas os mesmos cenários onde os mesmos actores
Exaustos, adormeceram aleatoriamente distribuídos
Pelo palco agora sombrio,
Em que as cortinas todos os dias sobem e não descem nunca.

E amanhã, quando os holofotes voltarem a iluminar
O teatro sem público,
Encenar-se-ão e representar-se-ão mais mil versões
Da mesma peça.
Mais monossílabos ressoarão na abóbada despida,
Reflectindo-se, interferindo, ressoando,
Orientados pela mesma encenadora
Obsessivamente corrigindo os discursos dos velados
Actores.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Big Fish

Grande falha minha... Nunca tinha visto este filme maravilhoso!
Em Big Fish, a genialidade do Tim Burton revela-se ao seu mais alto nível. Um filme repleto de cenários improváveis, personagens cheias e misteriosas, mudança e permanência fundidas de uma forma única.
A alternância entre os cenários imaginários e a realidade crua vai-se tornando numa simbiose que culmina num final em que nada é absolutamente imaginário nem simplesmente real.
As interpretações dos actores nada deixam a desejar permitindo que os nossos próprios sentimentos em relação às personagens vá evoluindo e a empatia com cada uma delas vá aumentando, embora de formas e por razões diferentes.
No fim, temos uma história da qual é difícil retirar uma moral, pois em vez de um certo ou errado, temos a demonstração do resultado das muitas decisões que se tomam ao longo da vida e de como as mesmas a afectam, umas vezes de forma positiva, outras negativa, mas se soubermos olhar para tudo com um bocadinho de abstracção e magia, enquanto estivermos vivos, seguimos em frente e todas as lições que aprendemos são valiosas, todos os que entram e saem da nossa vida têm o seu papel e, ao fim de algum tempo, tudo são histórias. O Amor por uma mulher, pela família, pelos amigos, pela aventura e acima de tudo pela vida retratado num "pseudo conto de fadas" que ninguém deve deixar no escuro... Nem sei como EU deixei...

Fonte: estacoisadaalma.blogspot.com

E para fechar em grande, nos créditos finais, enquanto inevitavelmente reflectimos sobre o que acabámos de ver, acompanha-nos esta maravilha:



Bons filmes e boas leituras!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Eu não vou...

Os festivais este ano estão particularmente irritantes... Há uma porrada de bandas que, se juntassem nem que fosse duas no mesmo dia, de bom grado iria ver, mas não pago bilhete de um dia para ver nenhuma delas sozinha, que a vida está cara e não sou assim tão aficionada... Se me vou arrepender? É possível... Principalmente em relação a The Cure, que nunca vi, e gosto bastante... E também não me importava nada de rever Metallica...
O dilema maior fica ainda no ar: ir ou não ir ver Eddie Vedder ao Sudoeste... Apesar de me estar entalado os Pearl Jam não passarem cá e de não ser, nem de perto nem de longe, fã do trabalho a solo do Eddie Vedder como sou de Pearl Jam, fica-me assim um bichinho a morder se não for... Ver-se-á...

Por hoje, fica aqui uma das minhas preferidas para marcar o dia em que os Metallica regressam a Portugal:



Bom fim de semana, e se "vocês forem", bons concertos!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Que Há para Lá do Sonhar?

Céu baixo, grosso, cinzento
e uma luz vaga pelo ar
chama-me ao gosto de estar
reduzido ao fermento
do que em mim a levedar
é este estranho tormento
de me estar tudo a contento,
em todo o meu pensamento
ser pensar a dormitar.

Mas que há para lá do sonhar?


Vergílio Ferreira, Conta-Corrente 1

Os teatros mentais e sonhos acordados também têm uma presença constante na vossa vida ou eu deveria, rapidamente, consultar um profissional?

Mais um empurrãozinho que estamos quase lá!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Féxon (III)

Hoje é dia de féxon! Eu até tinha um tema pensado, mas ontem cruzei-me com esta e não podia deixar passar... Hoje vamos ajudar os senhores! O que faz mais o género das meninas? Bow or tie?


Fonte: http://www.mtv.com/
Opinião pessoal:

Fonte: http://stickerish.com/
Muahahahahah!!!

Ai que estas quartas-feiras estão cada vez mais parvas... Doesn't matter, it's fuel for the rest of the week!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ramones forever... Wait, what?

Porque deixei passar em branco o aniversário do grande Joey Ramone, que no dia 19 de Maio faria 61 anos, porque o meu zune faz questão de me pôr a ouvir Ramones todos os dias (e não, não tenho mais de Ramones que do resto, é mesmo fixação do zune!) e porque hoje quando ouvi esta:



Soube que tinha de fazer isto:


E pronto, é isto...

Bons filmes e boas leituras!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Trauma do Fim de Semana



O QUE É ISTO?

A sério, lança-se cada coisa em Portugal que eu fico parva...

Esta letra, se EU a tivesse escrito aos 13 anos, depois de reler pegava na folha, rasgava em bocadinhos muito pequeninos, molhava para não ter qualquer hipótese de recuperação e enfiava no lixo, beeem lá no fundo e de preferência separado em vários caixotes, não fosse o Diabo tecê-las. Depois, inclinaria a cabeça em sinal de vergonha e, solenemente, juraria nunca mais tentar escrever nada enquanto vivesse. E não, não me incomoda o "durmo com quem eu quero" (os defensores da artista têm alegado ser isto que incomoda o público que não gosta da letra), incomoda-me o facto de não ter qualquer sonoridade, de ser fraca não só em termos de conteúdo como em termos de poesia, de soar mal, pior que quando os Xutos incluem palavras como "fotocópia" numa letra, incomoda-me que pareça ser escrita pelas crianças de 12 anos que minam o facebook com as suas fotos "duckface" com efeitos tipo cartoon e a adicionarem as amigas como namoradas... A sério... É TÃO MAU!

Passemos à música, que se for suficientemente boa consegue ultrapassar a importância da letra. Não é. É quase igualmente má. É uma tentativa muito mal conseguida de recriar um estilo Variações (é preciso ser muito limitado para não perceber que há coisas que funcionam por ser únicas...) mas, apesar de toda a evolução na música e na tecnologia desde então, sai tudo muito pior... Parece que os recursos diminuíram em vez de aumentar e esquece-se que é preciso um enquadramento para tudo... Fazer igual ao Variações, sem ser original e sem enquadramento tem um resultado muito para lá de lamentável. Não compreendo quem pensou que resultaria...

Por fim, a voz... Nada de característico, mas um timbre suportável... Se fosse afinada... Também não é.

Em suma, e arriscando ser interpretada como estando a sofrer de um grave caso de "birra de 2ª feira", é das piores coisas que já ouvi na rádio em toda a minha vida. Não volto a ouvir rádio enquanto a pseudo-moda não passar.

Bons filmes e boas leituras!

PS - Às vezes fico a pensar se as pessoas que ouvem/gostam/compram este tipo de coisas não é só para se confortarem porque não têm nenhum talento e com isto provam a si próprias que não é necessário tê-lo para "ser alguém" (signifique lá isso o que significar)...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Filosofia barata

Só porque há coisas que me ficam a remoer... E depois dão voltas, e voltas e enquanto não as deito cá para fora, faz-me "espéce"...

Estar feliz para mim é atingir um estado em que não interessa nada o que os outros pensam, não interessa se gostam, se magoaram no passado, se merecem um fim miserável, lento e doloroso, porque na verdade só me importo comigo e com as pessoas que fazem parte dessa felicidade. É aquele momento em que te dizem que o não sei quantos que tu odeias foi atropelado ou promovido e para ti o impacto é zero e ainda lhe desejas felicidades!!! Porque não importa, o que é mau passa a não importar e o que é bom, passa a ser exacerbado...

Depois, há outro estado de espírito que para mim nada tem a ver com felicidade... É aquele estado em que se atinge algum sucesso (ou não e apenas se finge que assim é) e a única coisa que se deseja é esfregá-lo na cara de alguém, o prazer (atenção: prazer e não felicidade!) que é retirado desse sucesso é a capacidade de fazer com outros se sintam mal (ou pelo menos acreditar que se sentem) sendo essa a razão para o próprio se sentir melhor. Assim um bocadinho como as palhaçadas da Adele acerca do "ex" quando teve sucesso com o álbum que fez sobre a relação com ele...

Enfim... Não sou ninguém para criar nenhuma definição de felicidade, mas esta é a minha filosofia (barata): querer mal a alguém, não gostar, irritar-me, etc, são tudo coisas que me provocam assim um incómodo ali na zona do diafragma... Felicidade é não estar incomodada!

Fonte: filosofaremlinha.blogspot.com
E com esta vos desejo um excelente fim de semana!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Once upon a time in the 90's...

Éramos todos tãooooo freaks que o Billy Corgan nem parecia um puto mimado, rebelde sem causa! E era tão bom...

"[...] Emptiness is loneliness, and loneliness is cleanliness
And cleanliness is godliness, and god is empty just like me
Intoxicated with the madness, I'm in love with my sadness [...]"


Vamos lá que já falta pouco para o fim de semana! Wanna go for a ride?

Bons filmes e boas leituras!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Féxon (II)

Ora a sugestão de moda da semana... É como usar o vestido de princesa que a maioria das meninas imaginaram na infância combinado com umas Doc Martens cheias de estilo!

Fonte (do original): http://records.bluefm.com.ar/
Boas compras! XP

terça-feira, 15 de maio de 2012

Reclamar o meu espaço

Se há coisa que me irrita de maneira incontrolável é encostarem-se a mim em filas... Sou, por natureza, uma pessoa pouco amiga do toque, especialmente da parte de estranhos e como tal, não há nada mais perturbador para mim do que ter um ser a respirar-me no pescoço, com as mãos encostadas às minhas costas e os potencias objectos que possa carregar cravados na minha espinha! Nada! JURO! Nesses momentos só me apetece virar-me para trás a gritar que nem uma louca para se afastarem de mim e enfiar uma murraça na tromba de quem for, seja uma criancinha, uma velha, um gajo todo bom ou uma gaja com o dobro do meu tamanho!
Mas eis que tive uma ideia (e juro que cá venho contar quando a puser em prática, que tendo em conta a minha habitual frequência de supermercados e metro não há-de tardar muito). Da próxima vez que isso acontecer, "atendo" o telefone com o seguinte discurso:

"*atender e tosse* Não interessa! Achas que vou dizer onde estou para mandarem alguém atrás de mim? Já disse que não vou para o hospital! *tosse* Cá quero eu saber se começa uma pandemia ou uma epidemia ou o raio! A mim não me apanham na quarentena, cheia de agulhas espetadas e sem poder sair nem para apanhar ar! *tosse* Deixa-me em paz, também hoje em dia já ninguém morre de tuberculose! *tosse e desligar*"

Será que resulta?? Não custa tentar... Wait for it! XD

Fonte: sodahead.com


Bons filmes e boas leituras!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Butterfly Effect

Há uns dia revi o Butterfly Effect, e fiquei com a ideia que, apesar da história ser mesmo muito interessante e original (para um filme, a questão do efeito borboleta em si, todos conhecemos), não me atingiu com o mesmo impacto que da primeira vez, como aqueles filmes mesmo, mesmo bons fazem. Continuei a achar que é uma história cheia de imaginação e muito bem pensada para que possa ser manipulada de todas as maneiras, no entanto algumas das "viagens", chamemos-lhes assim, são proporcionadas de formas que, se fossemos a ter em conta a mesma situação na realidade, seria pouco provável que se conseguissem, tirando a realidade à parte realista da história. As personagens não têm características muito vincadas ou aprofundadas na história, mas isso penso que, em consequência das mudanças, seria complicado... No entanto, dá origem a uma incontornável falta de empatia entre o espectador e a personagem. Se sobrar por aí quem não tenha visto, aconselho! Para rever, não esperem grande emoção...

Fonte: http://www.swotti.com/
Ontem, por mero acaso enquanto fazia zapping, apanhei o Butterfly Effect 2 a começar e resolvi ficar a ver.
Aqui é que a porca torce o rabo... Fazer sequelas com exactamente o mesmo fundo, mudando só as personagens e os pormenores da história resulta em casos excepcionais, não resulta para todos os que se proponham a tal. Para mim, há o Saw I-VII a fazê-lo de forma brilhante, mas nem estes se arriscaram a manter tão imutável a "base" da história.
Neste filme, passa-se exactamente O MESMO que no primeiro... Há um rapaz que, olhando para umas fotografias de momentos da sua vida, consegue regressar no tempo aos momentos a que estas remontam e alterar a história, regressando depois ao presente com as respectivas consequências... Já isto é um fundo demasiado abrangente para se copiar a papel químico, mas as semelhanças não ficam por aqui... Há o pai que já sofria do mesmo mal e que todos interpretaram como esquizofrenia, há a mãe pacífica e assustada que o filho siga o caminho do pai sendo institucionalizado e cometendo posteriormente suicídio, e há a tentativa constante de salvar a "donzela" que em ambos os casos é uma das grandes vítimas da história original e das suas versões alternativas.
Se o primeiro filme prima pela originalidade, este serve apenas para entreter numa tarde de Domingo em que não haja alternativa mais interessante.

Fonte: tup-cine.blogspot.com
Já vi entretanto que ainda existe o Butterfly Effect 3, e com melhor classificação no imdb, no entanto não é filme que me vá esforçar por ver... Quem sabe um dia destes também o apanho durante um zapping, num dia em que não me apeteça fazer qualquer outra coisa...

Bons filmes e boas leituras!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Contrariedades

Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.

Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.

Sentei-me à secretária. Ali defronte mora
Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.

Pobre esqueleto branco entre as nevadas roupas!
Tão lívida! O doutor deixou-a. Mortifica.
Lidando sempre! E deve a conta na botica!
Mal ganha para sopas...

O obstáculo estimula, torna-nos perversos;
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.

Que mau humor! Rasguei uma epopéia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais duma redação, das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.

A crítica segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A imprensa
Vale um desdém solene.

Com raras exceções merece-me o epigrama.
Deu meia-noite; e em paz pela calçada abaixo,
Soluça um sol-e-dó. Chuvisca. O populacho
Diverte-se na lama.

Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim, por deferência, a amigos ou a artistas.
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.

Receiam que o assinante ingênuo os abandone,
Se forem publicar tais coisas, tais autores.
Arte? Não lhes convêm, visto que os seus leitores
Deliram por Zaccone.

Um prosador qualquer desfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua coterie;
E a mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.

A adulação repugna aos sentimentos finos;
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exatos,
Os meus alexandrinos...

E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a combustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe umedece as casas,
E fina-se ao desprezo!

Mantém-se a chá e pão! Antes entrar na cova.
Esvai-se; e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a cantarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!

Perfeitamente. Vou findar sem azedume.
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas,
Impressas em volume?

Nas letras eu conheço um campo de manobras;
Emprega-se a réclame, a intriga, o anúncio, a blague,
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras

E estou melhor; passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe luz no quarto. Inda trabalha. É feia...
Que mundo! Coitadinha!


Cesário Verde, O Livro de Cesário Verde

Porque vos estava a fazer falta um toquezinho de genialidade fria e crua... E a mim também... Maravilha! Quanto mais leio deste senhor, menos entendo porque não gostava dele no secundário. Adolescência, porque me falhaste assim???

Bons filmes e boas leituras!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Féxon (I)

Hoje temos um dia reservado para a moda. Resolvi partilhar convosco alguns conjuntos que assentam bem a qualquer mulher, em qualquer altura do ano.
O problema não é tanto o preço como a raridade, não se encontram em qualquer esquina, definitivamente... Repararão que há uma peça em comum nos conjuntos de hoje que apesar de não ser, na minha opinião, sequer possível de usar, não deixa de valorizar bastante as restantes.
Mas já falei muito. As imagens que se seguem são impróprias para os corações mais fracos.

Fonte: http://time.com/

Fonte: cinealagoas.com.br

Fonte: www.flickr.com


Portanto, foi criada uma nova rubrica neste blogue... Dedicámo-nos à moda também! It's gonna be legen... wait for it... dary!
Bons filmes e boas leituras!

terça-feira, 8 de maio de 2012

The Incredible Hulk

Fonte: http://en.wikimedia.org/


Bem, chegámos a um momento em que devo ser, mais ou menos, a única pessoa que ainda não viu o The Avengers, MAS estou a trabalhar em criar o cenário para a coisa...
Este fim de semana aproveitei que as TVs querem contribuir para a loucura e vi o The Incredible Hulk que estava a dar num dos canais de séries ou filmes... Não estou a evitar publicidade, não faço é mesmo ideia!
Em relação a este filme, tenho três coisas a dizer:

1. Edward Norton
2. Liv Tyler
3. Tim Roth

E pronto. Estamos esclarecidos certo? Não? Esquisitinhos!
Então vamos lá! Como se pode perceber pelos 3 factores acima mencionados, é um filme extremamente agradável à vista! XD Agora a sério, é mesmo! Os efeitos especiais estão muito bons no sentido em que tantas vezes se esquecem de ser: quase acreditamos neles! Custa a crer que um mostro fictício possa parecer tão real.
A história, aparentemente (que mal informada que eu estava...) é a continuação do filme Hulk, e, como tal, não inclui a explicação muito detalhada (se bem que são dadas algumas indicações) de como o pacato cientista Bruce Banner veio a transformar-se no poderoso monstro verde, focando-se antes na luta deste para encontrar uma solução que lhe permita retomar uma vida normal.
Do outro lado do espectro, temos o ex-KGB Emil Blonksy, encarregue da captura de Banner, que deseja tudo menos a normalidade, estando disposto a submeter-se a quaisquer procedimentos que aumentem as suas capacidades físicas.
Desde a história do monstro que reconhece a sua amada apesar da transformação ao confronto entre o questionável herói e o inquestionável inimigo, reconhecemos constantemente aquela acção característica das histórias de super heróis!
Aconselho a quem goste do género. Não é nada de transcendente para quem não aprecia, mas vê-se bastante bem.

Bons filmes e boas leituras!


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Cá se fazem, cá se pagam...

Sou só eu que vejo com toda a clareza, nesta expressão, não mais que uma constatação óbvia da realidade em vez de uma qualquer força sobrenatural? Há quem diga que é o karma, há quem diga que deus castiga, há quem diga que por alguma razão misteriosa ou de energias, o que se faz volta para trás a triplicar, etc. etc. Explicações sobrenaturais não faltam...
Na minha humilde opinião, não passa de probabilidade, dadas as circunstâncias.
Ora, vejamos em relação ao crime, que é assim muito rápido e óbvio:
Terei mais possibilidade de ser assassinado pela máfia se nunca tiver tido qualquer contacto com nenhum mafioso ou se tiver, com algum, trocado favores?
E como neste caso, a terrena explicação estende-se a muitos outros campos... Por exemplo, se eu sou uma pessoa emocionalmente instável que frequentemente magoa parceiros e termina relações de forma fria, o mais certo é que, quando me apaixonar a sério, seja por alguém cuja personalidade tenha algo em comum com a minha, logo, exponho-me à eventualidade de me vir a acontecer o mesmo.
Se me aproveito, digamos monetariamente, de outros, com situações "por debaixo da mesa" em que eu fico a ganhar, é mais provável que venha, nas mesmas circunstâncias a ficar a perder, pois envolvi-me, neste processo, com pessoas de carácter duvidoso que aceitam negócios obscuros e não posso denunciar a situação sob pena de sair ainda mais lesado.
Se vou de carro e passo a abrir numa rua com poças de água e peões no passeio a levar banhos por causa de mim, é mais provável que no próximo semáforo algum me parta a tromba (ah, semáforos, onde estais vós quando são necessários!?).
Podia ficar o resto do dia a dar exemplos, mas penso que já me fiz entender.

Eu não digo que crença e tal não seja fofinho, até porque "maior probabilidade" é diferente de "garantia" e claro que todos nós gostamos de ver o mauzão castigado, por isso nunca morre a esperança de que as coisas se venham a balançar, simplesmente, eu confio mais na matemática e esta, ao não mentir, diz que existe a hipótese de isso nunca acontecer... Tough luck...

Boa semana!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

May the fourth be with you!

Diz que hoje é o Star Wars Day! Portanto, meu caros amigos geeks, May the fourth be with you!


A good weekend, you have!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Pecado Original

Ah, quem escreverá a história do que poderia ter sido?
Será essa, se alguém a escrever,
A verdadeira história da humanidade.

O que há é só o mundo verdadeiro, não é nós, só o mundo;
O que não há somos nós, e a verdade está aí.

Sou quem falhei ser.
Somos todos quem nos supusemos.
A nossa realidade é o que não conseguimos nunca.

Que é daquela nossa verdade — o sonho à janela da infância?
Que é daquela nossa certeza — o propósito a mesa de depois?

Medito, a cabeça curvada contra as mãos sobrepostas
Sobre o parapeito alto da janela de sacada,
Sentado de lado numa cadeira, depois de jantar.

Que é da minha realidade, que só tenho a vida?
Que é de mim, que sou só quem existo?

Quantos Césares fui!

Na alma, e com alguma verdade;
Na imaginação, e com alguma justiça;
Na inteligência, e com alguma razão —
Meu Deus! meu Deus! meu Deus!
Quantos Césares fui!
Quantos Césares fui!
Quantos Césares fui!


Álvaro de Campos, Poemas

Porque a cultura me andava a fazer falta... E a vocês... E ao blogue... E porque o Álvaro de Campos quanto mais aparece, mais bem vindo é.

Bons filmes e boas leituras!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Troll Shuffle

É... Primeiro dia de trabalho depois das férias e o que é que o meu querido zune escolhe para eu ouvir? Uma música intitulada Endless Vacation! :P Because f*ck you, that's why!



Scumbag Zune....