quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Não vou explicar detalhadamente as origens do Dia Internacional da Mulher porque todos sabemos consultar a wikipedia, certo? (No caso é mesmo só seguir o link, coloquei o inglês que está mais completo.)

Membros da Women's International League for Peace and Freedom, em Washington, D.C., 1922.
Fonte: wikipedia.org
O que eu queria aqui, e queria muito, é lembrar que as mulheres não tiveram uma existência pacífica no mundo moderno. A igualdade a que hoje estamos habituadas nos países desenvolvidos (estamos...?) não foi um dado assumido até há bem menos tempo do que pensamos (quem se move, por exemplo, em círculos de emprego mais masculinos, sabe que ainda hoje nem sempre é.) e, claro, nem vale a pena falar em muitos países em vias de desenvolvimento em que continuam a ser negados, às mulheres, direitos tão básicos como o voto, a educação e a independência.
O que eu gostaria hoje, como celebração do Dia Internacional da Mulher, era que nos lembrássemos que houve muitas mulheres de armas que deram a vida, literal ou figuradamente, para que hoje tenhamos o "grau de igualdade" que temos. Que uma mulher define-se pela sua força, capacidade de lidar com dificuldades, de superar problemas, de enfrentar tempos difíceis com determinação e trabalho, sem medo!
É deste tipo de mulher que o dia de hoje trata. É da mulher que vai, mais uma vez, sem vacilar, arregaçar as mangas e emergir dos tempos difíceis.

Custa-me engolir o estereótipo das piadas de mulheres, principalmente quando usados por quem sei que, intrinsecamente, até concorda com eles. Custa-me que algumas mulheres tenham prazer em fazer justiça ao estereótipo da futilidade, da necessidade de apoio masculino, do servilismo e da maldade e inveja quando se trata de outras mulheres.

Em suma, irrita-me que queiramos exigir igualdade ao mesmo tempo que exigimos tratamento especial da parte dos homens e da sociedade pelas nossas diferenças. A "blogosfera" está cheia de "princesas" cujo centro do universo são elas próprias, os seus closets, os seus sapatos, as suas marcas e os seus namorados, quais príncipes encantados, que lhes dão um tratamento absolutamente especial.

Fonte: filmesdeanimao.blogspot.com

Vamos lá desviar os nossos olhos da Cinderela e pô-los na Mulan, se queremos realmente homenagear as mulheres do nosso passado e lutar por um mundo ainda melhor para o nosso futuro.

Bons filmes e boas leituras!

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